quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ás vezes sou ruim...
Hoje na fila do supermercado, dei por mim a olhar para a jovem funcionária que estava a atender os clientes e pensei - Esta rapariga, nunca deve ter conseguido arranjar um namorado...

Conclui pensando que deve existir muita gente que nunca ouviu um "Amo-te", ou um "és especial..." etc.

Dessas pessoas, acredito que algumas se tornem frias e amarguradas com a vida e com o amor. Outras deve haver, que depois de atravessarem momentos de crise venceram e vivem em harmonia e tranquilamente. Mas concerteza, não devem esquecer o que as transforma todos os dias naquilo que são.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A escravidão dos tempos modernos!

Em dia de feriado, os shoppings enchem e as lojas estão cheias.
Em lojas de vestuário e calçado, é difícil movimentarmo-nos sem darmos um encontrão a alguém.

Olho para roupa, roupa, roupa e botas, botas, botas... mas não vejo nada.
O cenário cansa e dá-me tédio. É para mim um tédio sair de uma loja para entrar outra, e sentir um cheiro a material sintéctico que é desagradável.
O ano passado, um professor disse em aula que após a revolução de industrial, a indústria têxtil expandiu-se rapidamente. Produziu tanto em tão pouco tempo, que não havia compradores para tantos "trapos". O vestuário produzido não escoava, e os armazéns estavam cheios, cheios, cheios.
Poderia ser aqui que o sector têxtil entrasse em crise, e pusesse trabalhadores no desemprego, mas não foi isso o que aconteceu.

Sabem então o que aconteceu?
Simples, inventou-se a MODA. Voilá!

Hoje somos todos uns escravos da moda, uns mais do que outros, mas todos seguimos as tendências.
Também, seria muito difícil não seguir as tendências, porque quando compramos uns sapatos ou uma peça de vestuário, sujeitamo-nos ao que existe nas lojas.

Mas desenganem-se os que pensam que a MODA afecta apenas os adolescentes e os adultos. Basta estarmos atentos à secção das crianças, para entedermos que hoje, mais do que nunca, é difícil ser criança. A MODA e a oferta que existe em todas as lojas, "obriga" também as crianças a lidarem desde cedo com a forma como se vestem. Depois nas escolas, temos o grupinho das crianças que se vestem bem, e o grupinho das crianças que usam roupa "diferente". Isto acontece! Mais, basta termos alguma atenção, e reparamos que um "trapinho", por menos jeito que tenha, são logo uns 25 euros... Sim, a moda escraviza-nos a todos e põe-nos doentes. Dos mais novos aos mais velhos. Vejo todos os dias, pessoas na faixa etária dos 40, 50, 60, que se vêem obrigadas a ceder. Vestem-se de acordo com a tendência, mas acabam por não ficar com o aspecto que desejam, porque o corpo muda e os anos não perdoam. Depois sentem-se mal e ficam deprimidas.

A par disto, há outra coisa que posso dizer. No centro onde dou catequese, há umas freiras que desde cedo me chamaram a atenção. As freiras desta congregação usam um véu enorme. A diferença destas para as outras, é que nelas não conseguia ver UM cabelo. Intrigada, comentei isto com uma amiga minha... e sabem que mais? Eu não lhes via um fio de cabelo, porque elas NÃO têm cabelo. A verdade, é que estas irmãs assim como fazem votos de pobreza, e castidade têm também de rapar o cabelo. Esta minha amiga perguntou-lhes porquê; elas responderam que rapavam o cabelo porque ele é uma forma de vaidade, de tempo dispendido com ele e que precisa de cuidado. Além disso, é dispensável, ao contrário dos dentes, por exemplo.

"O apego é a maior escravidão.
Aquele que se apega, renunciou ao direito de liberdade."


Valter da Rosa Borges

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Natal só é bom enquanto não chega!

A publicidade na televisão não engana.
As ruas, os shoppings e as montras das lojas também não.
O mau tempo também não engana.
O Natal está aí!

O Natal, é a seguir ao Verão, a época do ano que mais gosto.
Gosto das músicas de Natal, das campanhas de Natal, do cinema de Natal, das luzes de Natal, da comida e dos chocolates de Natal. Enfim, gosto do Natal.

Não sei se concordam ou não comigo, mas a verdade é que o Natal só é bom enquanto não chega.
Depois do dia 25 de Dezembro, só se fala da passagem de ano. O que também me agrada bastante, confesso.

Mas o Natal , é quase como um fogo de palha, ou o amor. Arde muito, muito intensamente, mas depois, de um dia para o outro, tudo passa. Acho que em geral, gostamos todos do Natal, estamos anciosos para que o dia chegue, mas no dia Natal , já nos rostos existe um traço de desilusão porque já acabou. Acabou e nada ficou, e apodera-se de nós um vazio imenso, que nos faz sentir inúteis.

Apesar de ser católica praticante, este factor em nada muda. Ou sou eu que não entendo, ou não quero entender, ou então racionalizo demasiado...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Os "Morangos com Açúcar e a "Casa dos Segredos" são uma merda!

Sabem porque é que a "Casa dos Segredos", os "Morangos com Açúcar", todas as novelas da TVI e o cinema de fim-de-semana é quase sempre uma merda?

Vou responder a esta questão, com uma contastação.

Reparem, eu nas aulas de História sinto-me burra. A sério! Oiço falar de coisas que nunca tinha ouvido antes, e isso faz-me sentir burra e faz-me sentir super ignorante.

Agora vamos à segunda parte,
quando vejo "A Casa dos Segredos", os "Morangos com Açúcar", as telenovelas seja de que canal for, ou o cinema de Sábado à tarde, sinto-me muito bem e tranquila.
Sinto-me tranquila porque tudo o que ali é tratado é corriqueiro,  e não implica nenhuma actividade intelectual. Somos quase sujetos passivos, que ali estamos em piloto automático, a transformarmo-nos em gente que pensa que pensa, mas apenas pensa aquilo que os outros pensam.

Tenho ainda outro factor para explicar porque é que a "Casa dos Segredos", os "Morangos com Açúcar" e etc. são uma merda.

Reparem que o argumento de que "Não há mais nada de jeito para fazer sem ser ver isto!", é um forte indicador que de aquilo que vemos é realmente uma merda.

Sabem porquê?
Porque se nós não sabemos, o que havemos de fazer, sem ser ver programas de caca na tv, isso significa, que esses programas nos fecham de tal modo, que nós não conseguimos encontrar outra alternativa, que não seja ver a dita merda.

Concluo o meu texto dizendo - Merda p`ra isto tudo!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Precisamos de um "Robin dos Bosques"!

O assunto "Wikileaks" que agora faz encher os jornais, só me faz pensar numa coisa.
O "Wikileaks" é "O Justiceiro".

Sem dúvida que se trata de uma invasão de privacidade, e que por isso é crime. Mas também podemos ver isto como uma forma de informar, e podemos ainda dizer, que os documentos secretos que foram divulgados através deste site são de interesse público.

E porque é que são de interesse público?
Porque em causa estão implicadas pessoas que desempenham cargos de grande notoriedade.
Assim, eu continuo a dizer que a Wikileaks é "O Justiceiro", baril!

Entretanto, acho que vinha mesmo a calhar um "Robin dos Bosques".
Porquê?
Nós sempre ouvimos dizer que aquilo que uns têm a mais, é porque faz falta a outros e bla bla bla.

Mas agora temos a prova disso. A operção levada a cabo pela polícia brasileira nas favelas para desmantelar o tráfico de droga que lá acontecia, pôs a nu uma situação que é indignante.

Temos uma favela, onde vivem pessoas de forma miserável, e temos lá uns tipos que levam uma vida luxuosa à custa da desgraça dos outros.
Li na Visão, que depois da operação policial estar concluída, os vizinhos de um dos traficantes, que vivia na luxuosa casa, foram tomar banho para o jacuzi privado do tipo...

Fizeram bem!

E aqui vemos aquilo que já disse num post anterior.

Será que este tipo merece ter um jacuzi privado?
Em parte sim. Vamos esquecer agora, que a sua actividade era ilegal e proíbida.
É preciso engenho e perícia para acumular uma fortuna. É preciso ter mérito no que se faz e ser bem sucedido e por isso, podemos dizer - Ele que tenha lá o seu Ferrari, merece-o!

Mas não podemos esquecer, no caso do tipo da favela, e em tantos outros, que eles enriquecem explorando os outros. E aqueles que são explorados, ficam mais pobres por isso. E eles vão crescendo, crescendo, crecendo, crescendo.

É por isto que eu digo que precisamos de um "Robin dos Bosques".
Para os mais distraídos, digo que "Robin dos Bosques", é uma personagem de um conto infantil, já adaptado ao cinema.
"Robin dos Bosques" roubava aos ricos, para dar aos pobres.